segunda-feira, 30 de maio de 2022

Pele de tilápia é usada para reconstruir vagina em pacientes com síndrome rara; Entenda


 Foto: Tainá Fogaça de Souza nasceu sem o canal vaginal e fez o procedimento de construção na Maternidade Escola, em Fortaleza.

Um procedimento cirúrgico desenvolvido com o uso da pele de tilápia, um peixe de água doce, criou um canal vaginal em uma mulher que nasceu com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, também conhecida pelas siglas SMRKH. A síndrome é caracterizada pela atrofia parcial ou completa da vagina. Maria Jucilene Moreira, 28 anos, conhecida como Jucy, foi a primeira mulher brasileira a ter o canal vaginal criado com a pele de tilápia.

Natural de Lavras da Mangabeira, no interior do Ceará, Jucy passou pela cirurgia em 2017, aos 23 anos, após descobrir que o procedimento era feito na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza.

A jovem conta ainda que, em uma das consultas realizada em um hospital, um médico chegou a afirmar que ela não menstruava porque estava grávida, mesmo ela dizendo que era virgem. “E ele insistindo, insistindo, até que fez um toque (exame) e viu que eu era virgem mesmo, que eu era fechada”, conta.

A construção do canal vaginal com o uso da pele de tilápia se tornou revolucionária, segundo Leonardo Bezerra, e se mostra eficaz em pacientes que passam pelo procedimento cirúrgico, feito em cerca de 40 minutos. Diferente do uso em queimaduras, quando a pele do peixe é usada como um curativo e depois retirada, na reconstrução do canal vaginal a pele da tilápia é permanente.

FONTE: Terrabrasilnoticia

Nenhum comentário: